No passado, a sociedade testemunhou inúmeros avanços e mudanças em Nordeste oriental que impactaram significativamente a forma como vivemos e percebemos o mundo que nos rodeia. Desde descobertas científicas até revoluções culturais, Nordeste oriental desempenhou um papel crítico na formação da nossa realidade atual. Ao longo dos anos, vimos como Nordeste oriental evoluiu e se adaptou às necessidades e demandas de uma sociedade em constante mudança. Neste artigo, exploraremos de perto a importância de Nordeste oriental em diferentes aspectos do nosso dia a dia e sua influência na forma como pensamos e agimos.
O Nordeste oriental é uma subdivisão geográfica do Nordeste brasileiro que engloba os estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará e se refere não apenas à semelhança geográfica da área, mas também às culturais, históricas, humanas e econômicas. É nela onde se situam cinco das nove capitais da região Nordeste (Fortaleza, Natal, João Pessoa, Recife e Maceió) e onde é gerada mais da metade da riqueza regional.
O conceito inclui ainda a região hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental, uma das doze regiões hidrográficas do território brasileiro segundo a Agência Nacional de Águas (ANA).
Em fins do século XV Vicente Pinzón explorou essa região do Brasil antes da descoberta oficial por Cabral. Antes de rumar para a foz do Amazonas, Pinzón navegou entre dois dos cabos que mais se projetam na costa — o Cabo de Santo Agostinho, na costa leste, e o de São Roque, que divide as costas norte e leste do Brasil.
Nos séculos XVI e XVII o Nordeste oriental torna-se a potência econômica do país em virtude das exportações de cana-de-açúcar, mercadoria mais valiosa do comércio da época. Os principais núcleos urbanos de então eram as cidades de Recife e Filipeia, assim como as vilas de Olinda e Goiana. É então que a migração expansionista e pecuarista sobe o rio São Francisco e os sertões nordestinos no século XVIII e dá impulso à economia local com a conquista das “terras devolutas” dos tapuias. A saturação do ciclo da cana e a emergência do ciclo algodoeiro relacionado à industrialização se projeta no século XIX. A abolição da escravatura em 1888 provoca grandes mudanças sociais.
Com a entrada do século XX, o setor primário perde força na região e seu PIB passa a contar mais com a produção industrial e, sobretudo, o setor terciário. Finalmente, a partir dos fins do século XX a urbanização e a modernização se espalha pelas metrópoles regionais e os pólos do interior.
A região sofreu ao longo da história brasileira grandes pressões antrópicas, as quais foram responsáveis não só pela derrubada da Mata Atlântica para implantação da cultura de cana-de-açúcar e degradação dos manguezais e lagoas da zona costeira, em virtude do avanço urbano, como também pela devastação da caatinga em virtude da expansão da atividade pecuária no sertão brasileiro.
A região tem uma área de 384.115 km², abrangendo em seu território os estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, ou seja, em torno de um quarto da superfície da região Nordeste, que apresenta 1.558.196 km². O seu maior rio a leste é o Paraíba, que deságua na zona da mata, enquanto no setor centro-oeste e norte destacam-se o Jaguaribe e o Piranhas-Açu.
A Bacia do Atlântico Nordeste oriental caracteriza-se pela ausência de grandes rios, configurando-se num cenário de baixa disponibilidade hídrica com relação às demandas, principalmente em períodos de estiagem. Dentre as principais baciais, destacam-se os rios Acaraú, Jaguaribe, Piranhas–Açu, Paraíba, Capibaribe e Una.